Santos e amados irmãos, GRAÇA, SAÚDE E PAZ,

O quinto domingo da Quaresma tem como característica peculiar a intensidade da voz do Justo cercado por seus perseguidores. É um prenúncio de paixão. Jesus está cada vez mais sozinho… Ele está sozinho, acima de tudo, porque decidiu levar sua missão até as últimas consequências, chegando onde ninguém chegou antes e onde ninguém pode ajudá-lo, exceto o Pai. 

É admirável que, precisamente nesta hora de maior solidão, ele manifeste plenamente a grandeza do seu amor aos irmãos, a sua capacidade de suportar todo o peso do pecado dos homens para expiá-lo. Temos no Evangelho uma prova clara que a liturgia de hoje nos oferece e que podemos vivê-la como protagonistas. 

A cena é impressionante: escribas e fariseus submetem Jesus a uma espécie de julgamento, colocando diante dele a mulher adúltera. No silêncio, palavras graves são ouvidas… os acusadores se afastam sob o peso de seu orgulho e suas mentiras. Só resta a mulher, pobre pecadora, sob o olhar misericordioso de Jesus. Assim, ela pode receber o perdão e ser renovada em seu amor: “Vai, e não peques mais.”  

Nós também devemos nos apresentar a Ele, junto com nossos irmãos, para pedir não condenação, mas perdão. O perdão nos torna fiéis ao “mandamento novo”, nos faz passar para a “novidade” da vida, nos tornando testemunhas da esperança, fortalecidos pela ajuda do Senhor. Precisamos de perseverança para perseverar em nossa jornada de conversão e chegar à Páscoa com plenitude de alegria.