Santa Missa do 2° Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus nos coloca diante do mistério da vocação, algo que nunca é produzido por nossos méritos ou por nossas qualidades humanas, mas, sim, brota apenas da iniciativa livre e misericordiosa de Deus a nosso respeito.

O encontro com Jesus, embora decidido no segredo da nossa liberdade, postula, no entanto, a dinâmica do testemunho. Atentos à história evangélica, vemos que os encontros com os primeiros discípulos acontecem, com efeito, como em uma sequência: cada um deles chega a Jesus através da mediação de outro, porque essa é especificamente a dinâmica de nossa chegada à fé.

Daí vem um lindo ensinamento sobre a importância de ter testemunhas autênticas, que nos apresentam Jesus como o esperado Senhor e favoreçam o encontro com Ele, sem que a testemunha queira vincular o outro à sua própria pessoa como se fosse sua propriedade.

A verdadeira testemunha está, portanto, a serviço do caminho rumo à maturidade espiritual que é liberdade de escolha. Neste sentido, excelentes exemplos são o sacerdote Eli com Samuel e ainda mais o Batista com seus dois discípulos. Contudo, para se tornarem testemunhas é necessário terem já encontrado o Senhor e se tornarem, portanto, capazes de ir além das aparências, acessando um profundo olhar de fé sobre a realidade.

Dar testemunho é presentear aos outros esse olhar que, antes, já havia mudado nossa vida. Isso supõe haver entrado em um novo tipo de existência, em uma comunhão ativa com Jesus, comunhão que pode ser expressa como um “habitar com ele”; mais ainda, como deter-se junto dele. Na fase da busca, em nossos dias frequentemente enfatizada pelo excesso, deve acontecer a fase de nossa parada, a fim de reconhecer em Jesus a verdadeira meta do nosso coração, o de poder perseverar em sua companhia: “Eles foram com ele, viram onde ele morava e passaram aquele dia com Ele”. Nesta morada com Ele, a contemplação adquire seu vigor, colocando-nos à sua disposição com todas as nossas energias, como disse Samuel, com a simplicidade de uma criança: “Fala, Senhor, que teu seu servo está ouvindo”. Somente permanecendo com Jesus compreenderemos de verdade que fomos comprados por alto preço e fomos transformados em templo do Espírito Santo.

fonte:

Excertos da obra “A Palavra Divina” (G. Zevini et ll). Tradução e adaptação: Pe.  Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx (Capl AMAN).

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