Santos e amados irmãos, GRAÇA, SAÚDE E PAZ,

Direcionemos nossos corações e nossos desejos a Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por nós. Todas as leituras falam de “retorno”. Esta é uma palavra importante para um cristão, intimamente ligada a outra: “conversão”. Todo retorno, para ser autêntico, requer uma purificação, uma mudança, a Renovação do coração.

A parábola do filho pródigo descreve a jornada de cada um de nós desde a distância, cansada pelo pecado, até a semelhança criada pelo amor. Este retorno se realiza seguindo o caminho que o próprio Pai abriu aos homens, Jesus, o mediador, o sacerdote eterno. Jesus se revela como “o homem para os outros”: Ele é um caminho para todos e todos podem percorrê-lo. O filho pródigo segue esse mesmo caminho, que é o de Cristo, depois de decidir “levantar-se”. O pecado, de fato, avilta, humilha e tira a dignidade. Neste filho está representada a raça humana; estamos todos nisso.

Talvez não nos distanciemos fisicamente, mas apenas internamente: nisso somos mais como o filho mais velho. Talvez tenhamos ido tão longe que nem sabemos mais onde estamos: perdemos o senso de direção quando nada em nosso entorno nos lembra algo familiar, quando estamos sobrecarregados pela solidão; então se sente o desejo mais sincero, que brota do fundo do coração; é a voz do Pai, que nunca nos abandonou. É hora de decidir. Unindo-nos a Cristo, também nós, pecadores perdoados, devemos ser uns com os outros o Cordeiro que é sacrificado.

E, ao mesmo tempo, devemos evitar protestar como o filho mais velho, porque essa não é a atitude adequada de um cristão. Se sentirmos que o protesto está crescendo dentro de nós, invoquemos imediatamente a ajuda do Senhor, porque, do contrário, nos distanciaremos da casa da comunhão.

Quem se une a Cristo se torna salvação para os outros e participa da festa não como espectador, mas oferecendo-a pessoalmente, com alegria.